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Você pode até dar banho no seu pet em casa, mas previna-se para evitar os riscos

Por ter um carinho especial com os bichinhos de estimação ou por economia mesmo — que nunca é demais — existem aqueles tutores que optam por dar banho em seus pets em casa mesmo. Muitos podem se sentir confortáveis e até felizes por poderem dispensar esses cuidados aos bichos, que muitas vezes também se sentem mais tranquilos com o aconchego familiar na hora dos cuidados de higiene.

Porém, como há tutores que não estão preparados para essa solução doméstica, surgem as possibilidades de ela criar riscos para os animais, que vão desde pequenos desconfortos até acidentes mais sérios e doenças graves.

Mas, o que pode ser feito para minimizar os perigos existentes em um simples banho? O que devem fazer as pessoas que não se sentem seguras com essa tarefa?

Indispensável, mas arriscado

Além de deixar o pet mais cheiroso e bonito, a rotina de banhos mantém a pele e o pelo do animal hidratados, afastando riscos de doenças dermatológicas, que, em casos mais graves, podem levar a complicações e exigir tratamentos longos, desconfortáveis e caros. Pelos longos e ressecados forma um ambiente apropriado para o acúmulo de fungos e de bactérias, criando condições para o desenvolvimento de alergias e dermatites, levando à inevitável coceira. Quando a intensidade do desconforto é alta e o animal se coça com frequência, há a possibilidade de surgirem feridas, agravando ainda mais a situação.

Situações assim podem ser evitadas pelos banhos regulares. Entretanto, é preciso ter em mente, sem um preparo profissional, o banho doméstico pode expor os animais a muitas situações de risco, o que aumenta bastante quando o tutor não está preparado para dispensar este cuidado ao pet.

Inflamação de ouvido, fraturas e problemas dermatológicos estão entre as ocorrências mais comuns causadas pelos banhos domésticos. Nas clínicas veterinárias não são raros os quadros de otites graves, que leva à cirurgia para a retirada do aparelho auditivo do animal. As fraturas também são recorrentes.

Outras situação que nem sempre é observada em casa é a temperatura do banho. Muitos tutores querendo preservar o pet da água fria, o que é recomendável, acabam exagerando e banhando com água muito quente, o que, por ressecar a pele do animal, também não é adequado

Ainda, é comum surgirem problemas na hora de secar a pelagem. Se não for acompanhado de muito cuidado e atenção, o uso do secador doméstico que pode causar queimaduras na pele do do pet. Por outro lado, secagem insuficiente cria o ambiente apropriado para o desenvolvimento de microrganismos causadores de dermatites.

Precauções domésticas

O primeiro cuidado a ser adotado na hora de dar o banho em um pet em casa deve ser observar a temperatura da água, que deve ser morna. Por isso, considerando que, na maioria das vezes, as torneiras de serviço da residência não são aquecidas, o ideal é que o banho seja dado no banheiro, utilizando preferencialmente o chuveirinho, uma vez que o chuveiro dificulta a enxague.

Outro ponto importante está na escolha do xampu, que deve ter pH neutro e ser apropriado para o pet. Xampus ou sabonetes humanos só deverão ser utilizados em animais se houver recomendação veterinária e, sob o risco de provocar irritações, precisa ser acompanhada.

Os ouvidos devem estar protegidos, de preferência por um chumaço de algodão. Em hipótese alguma o jato de água pode ser direcionado para a orelha do bicho, que deve estar abaixada durante o banho. O melhor para molhar a cabeça é fazer uma concha com a mão.

Esse cuidado também ajuda a preservar os olhos, que também devem ser protegidos. Mesmo sendo neutro, o xampu não deve entrar em contato com os olhos.

Por fim, na hora da secagem, o recomendado pelos especialistas é iniciar com uma toalha e finalizada com um secador, que deve estar ajustado na temperatura morna mais baixa.

Para quem deseja se esmerar ainda mais nos tratos do pet em casa, o ideal é buscar uma formação técnica no assunto. Além de garantir segurança e profissionalismo na higiene do animal, a preparação pode ainda proporcionar uma fonte de renda extra.

Por que não?