Prefeitura anuncia o Muralha BH, programa de monitoramento inteligente da cidade

A Prefeitura de Belo Horizonte lançou nesta segunda-feira (6) o Muralha BH, sistema integrado de monitoramento inteligente desenvolvido pela Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, em parceria com a Prodabel. O objetivo é combater a criminalidade, ampliar a sensação de segurança e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população. A primeira fase já está em andamento, com cerca de 600 câmeras instaladas e testadas. Até dezembro, mais mil unidades devem entrar em operação. A previsão é que todo o sistema esteja funcionando até o final de 2026.

“O Muralha BH é um projeto que une segurança, mobilidade e inovação. Estamos trazendo para Belo Horizonte o que há de mais moderno em tecnologia urbana, para que a cidade seja um lugar onde todos possam circular com tranquilidade. Nenhum veículo entra ou sai de BH sem que a placa seja identificada. Saberemos se foi usado em crimes ou se é produto de furto ou roubo”, destaca o prefeito Álvaro Damião.

A iniciativa prevê a instalação de mais de 12 mil câmeras em áreas mapeadas por toda a cidade. A Rede de Vigilância Inteligente abrangerá praças, parques, centros de saúde, escolas municipais, vias principais e os acessos aos corredores urbanos.

Serão implantadas 8 mil câmeras de segurança, incluindo 1.890 do tipo PTZ (com giro de 360º) e unidades fixas, 2.650 câmeras LPR, especializadas na leitura de placas veiculares e 1,5 mil equipamentos com tecnologia de reconhecimento facial. Além da segurança, o sistema permitirá o monitoramento inteligente do trânsito, com integração entre placas de ônibus e semáforos.

“O Muralha BH foi concebido com base na infraestrutura de rede do município, resultando no sistema mais moderno, amplo e sofisticado em implantação no Brasil”, afirma Fernando Lopes, diretor-presidente da Prodabel.

Monitoramento do Novo Anel

O Muralha BH prevê ainda o monitoramento de 100% do Novo Anel – via que desde junho está sob a responsabilidade do município. Dessa forma, haverá uma verdadeira muralha digital no Novo Anel, controlando todos os acessos a Belo Horizonte e o tráfego dos veículos pesados pelas pistas.

Nesta primeira fase, já estão em funcionamento 9 pontos de monitoramento nos dois sentidos da via com câmeras capazes de identificar as placas dos veículos. Os locais foram definidos estrategicamente para garantir que nenhum automóvel passe pelo Novo Anel sem ser identificado em pelo menos um ponto.

A proposta com a implantação total do Muralha BH é de monitoramento em 27 pontos, totalizando 170 câmeras inteligentes capazes de detectar não só a placa e identificar infrações, tais como invasão de faixa e excesso de velocidade. Também haverá câmeras nas passarelas, de forma a evitar que motocicletas usem o espaço dedicado a pedestres.

Inteligência artificial

Todas as imagens serão acompanhadas pelo Centro de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), que opera 24 horas por dia e reúne representantes de diversos órgãos públicos, como Guarda Municipal, BHTrans, SLU, Samu, Corpo de Bombeiros e polícias Civil e Militar.

A partir de um software próprio, e a utilização de inteligência artificial, serão criados analíticos capazes de emitir alertas diante da detecção de placas de veículos roubados, pessoas procuradas pela polícia ou desaparecidas e gestos suspeitos. As equipes de plantão no COP-BH atuarão de forma imediata, direcionando as ações dos órgãos competentes, reduzindo o tempo de resposta das equipes de segurança e tornando as abordagens mais eficazes.

“Assim que o alerta é lançado na rede, o sistema emite uma notificação em vermelho, indicando que o veículo está circulando em determinada região. A partir disso, podemos acionar a Guarda Municipal e a Polícia Militar para realizar a abordagem em flagrante. Caso não seja possível, o trajeto do veículo será registrado, permitindo que a Polícia Civil conduza a investigação com base em dados precisos”, destaca o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Márcio Lobato.

Além da vigilância, o sistema permitirá a construção de um banco de dados estatístico e georreferenciado, capaz de antecipar rotas, padrões e comportamentos, contribuindo para a prevenção de crimes e desastres.

Fonte: PBH