Pets

Cães e gatos e a transmissão da covid-19

Será que cães e gatos podem contrair a covid-19? Será que eles podem transmitir a doença para humanos? Entre as tantas dúvidas que giram em torno do novo coronavírus, estas, em especial, têm tirado o sono de alguns tutores e tutoras de animais.

Mas, será que esta apreensão é justificada?

Nenhuma evidência

De acordo com pesquisas desenvolvidas por organizações de vários países, as respostas podem ser negativas para todas as questões acima. Por ora, não há nenhuma evidência científica que indique que cães ou que gatos possam adoecer com o vírus ou mesmo que possam transmitir a doença para humanos ou para outros animais.

De fato, existiram relatos de alguns poucos cães e gatos domésticos que teriam testado positivo para o novo coronavírus em Hong Kong, na Bélgica e nos Estados Unidos. Apenas dois gatos nos Estados Unidos apresentaram leves sintomas respiratórios. Porém, nenhum dos casos identificados, quando foi submetido a uma análise mais criteriosa, sustentou a tese de que cães ou gatos possam ser vetores da doença para humanos.

Até o momento, nada indica que gatos ou cães transmitam a covid-19

Transmissão entre humanos

Segundo o documento Cães e gatos domésticos em tempos da pandemia da covid-19 produzido pelo Laboratório de Etologia Canina (Leca) da USP e endossado por mais de 60 pesquisadoras e pesquisadores de diversas áreas da Ciência que abordaram a relação  entre animais de estimação e a covid-19, há muito ainda para ser compreendido sobre o potencial que o SARS-CoV-2 (nome técnico do novo coronavírus) tem para infectar outros animais além do ser humano. Contudo, no estudo os pesquisadores descartam a possibilidade dos cães ou dos gatos contraírem a doença e a transmitirem para humanos.

“Até o momento, podemos afirmar que cães e gatos não são fontes de infecção para outros animais nem para seres humanos. Ou seja, não existe qualquer evidência científica de que cães e gatos possam contrair a covid-19 ou transmitir o novo coronavírus humano para pessoas. O que sabemos é que o vírus é transmitido de pessoas para pessoas”, diz o documento do Leca

Esta afirmação é corroborada por Nota Técnica do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

Cuidado com os bichos

Entretanto, isso não significa que os cuidados com os animais devam ser negligenciados. Ao contrário, o artigo, SARS-CoV-2 in animals, da American Veterinary Medical Association (AVMA), indica que cães e gatos devem ser preservados do contato com pessoas que tenham sido contaminadas pelo novo coronavírus ou que apresentem a suspeita da doença. Nestes casos, os mesmos cuidados que são adotados com pessoas devem ser mantidos perante os animais.

Ou seja, deve-se evitar qualquer contato direto da pessoa infectada com o pet. Por consequência, é claro, o trato diário com o animal deve ser garantido por outra pessoa que não esteja infectada.

Passeios

O melhor é evitar ao máximo que os cães saiam do isolamento. Porém, quando os passeios forem necessários, a AVMA também indica as mesmas precauções de afastamento recomendadas para humanos.

Assim, os cães devem ficar a pelo menos dois metros de distância de outras pessoas e de outros animais e os locais onde haja aglomeração devem ser evitados. As indicações de higiene também devem ser rigorosamente obedecidas no retorno. Guias e coleiras devem ser higienizadas e as patinhas e outras partes que tenham tido contato com o chão devem ser bem lavadas com água e sabão.Nos passeios com cachorros. O uso de lenços umedecidos na pelagem também pode contribuir com a higienização entre os banhos.

Após o passeio, o cão deve ser bem higienizado

Como as ruas oferecem muitos perigos, os gatos nunca devem sair de casa. Para que não tenham contato com outros bichos ou com pessoas de fora, a AVMA reforça essa recomendação.

Se você quer receber mais informações sobre cuidados com pets durante o isolamento, fale com a Tia Lets. Ela tem ótimas dicas para lhe passar!