Pelo bairro

Descubra por onde fluem os cursos d’água da nossa região

Na falta de uma política de gestão dos recursos hídricos da capital e como resultado do desenvolvimento da cidade, os córregos de Belo Horizonte que não foram extintos acabaram canalizados e desapareceram da paisagem urbana. No Anchieta e demais bairros vizinhos esse processo foi intensificado nos anos 1960 e finalizado na década seguinte.

Canalização do Córrego dos Gentios no cruzamento entre as ruas Grão Mogol e Outono, nos anos 1960

O último córrego a ser canalizado na região foi o da Rua Francisco Deslandes, no Anchieta, cujo trecho final entre as ruas Cassiporé e Bambuí foi concluído em 1976.

Confira a seguir os cursos dos córregos da região
  • Córrego da Francisco Deslandes
    Tem nascente no Parque Julien Rien e desce pela rua de mesmo nome até se encontrar com o Córrego dos Gentios, na esquina com Rua Vitório Marçola
  • Córrego da Odilon Braga
    Nasce pouco acima da Praça Manoel Machado Lopes Coelho — a Praça 4, junto à Escola Guignard — e desce a rua de mesmo nome para se juntar ao da Francisco Deslandes.
  • Córrego da Vitório Marçola
    Também conhecido como Córrego dos Gentios, nasce na altura das Ruas Adolfo Pereira e Bicalho Tostes e, passando pela Bambuí, desce a Vitório Marçola. Após receber o Córrego da Francisco Deslandes, segue pela Rua Pium-i até a Rua Outono, correndo dali em direção à Rua Grão Mogol. Desce a Grão Mogol até a Contorno, onde se junta ao Acaba Mundo.
  • Córrego Acaba Mundo
    O Acaba Mundo é formado inicialmente pelos córregos dos Desengano e dos Carvalhos, ambos com nascentes na Vila Acaba Mundo. Passando pelo Parque JK, desce a Avenida Uruguai até a Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde recebe a contribuição do Córrego da Ilha. Este, por sua vez, nasce no Parque da Mata das Borboletas, na altura da Rua Patagônia. Após esse encontro, desce a Nossa Senhora do Carmo até a Contorno, onde — em função da construção da trincheira da Rua Rio Grande do Norte — foi desviado para a Rua Professor Morais, onde recebe o Gentios. Descendo pela Professor Morais, recebe novo desvio na Tomé de Souza, sendo em parte redirecionado para o que teria sido o leito original na Rua Rio Grande do Norte, de onde seguirá até a Avenida Afonso Pena. Dali desce até o Parque Municipal, onde é canalizado até o Ribeirão Arrudas. Outra parte continua canalizada pela Professor Morais em direção ao bairro Santa Efigênia, onde se encontrará com o Córrego da Serra para também desaguar no Arrudas.

Uma vez no Arrudas, todas as águas escoarão em direção ao Rio das Velhas, seguindo por ele até o Rio São Francisco. 

Clique no mapa acima e veja com mais detalhes por onde os córregos existentes em nossa região.
Novos leitos

É importante observar que, ao longo dos anos e de acordo com as necessidades de urbanização, os cursos originais das águas de Belo Horizonte foram sendo modificados. Assim, os trajetos atuais podem ser vistos como uma aproximação do que foram no passado. Porém, na realidade, são adaptações que foram feitas, inclusive, para dar escoamento às águas das chuvas.

Analisando outros mapas históricos — como o que você encontrará clicando aqui—  é possível perceber que há antigas nascentes que provavelmente foram extintas, extinguindo também cursos d’água que já não existem. 

  • Clique aqui para acessar o mapa completo da hidrografia e do relevo de Belo Horizonte.