Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, um convite à poesia de Regina Machado, que fala sobre o amor em “Nós”
Nesse dia Internacional das Mulheres, que está sendo celebrado em meio a um turbilhão de sentimentos urgentes, vividos justamente em uma época que exige paciência e sensibilidade, o Comunidade Ativa convida a leitora e o leitor a conhecerem Nós (Henry Hu Editora, 63 páginas), a coletânea de poesias de Regina Machado. Por vários anos moradora do Anchieta, hoje Regina escolheu o sossego da pequena Capim Branco para viver. Porém, a íntima conexão que mantém com o bairro sempre a faz voltar, inclusive para brindar os amigos e antigos vizinhos com as palavras de uma poesia terna e sensual, mas que conserva o vigor da realidade.
Talvez esta seja a essência de Nós, um trabalho independente e singelo, porém denso e intenso, como a própria autora. Para ilustrar a impressão que a coletânea provoca, tomamos emprestadas as palavras do arquiteto e urbanista José Eustáquio Machado de Paiva, que servem de prefácio para o livro.
“Algo me comove na poesia de Regina: o despudor com que, em Nós, o amor é tratado, sem meios termos ou barreiras. Amor da paixão, do pulsar, incontrolável do desejo pelas nuances dos sentidos na completude dos corpos. Por isso mesmo um amor sensível, pois a ternura tempera a matéria bruta que o anima, transformando o ímpeto do amar no que de mais belo e sutil pode haver entre duas pessoas. Regina compõe, assim, nos seus poemas, uma sinfonia do amor vivido.
Corpo, desejo e paixão são presentes e inseparáveis nos poemas deste livro. O amar é tenso, apaixonado, intenso e sutil. Não se trata de amor romântico, daqueles adoçados com os favos das paragens elísias. É, antes, amor que pisa o chão firme do cotidiano, a concretude da vida que realmente se vive, amantes que traduzem nossos desejos mais recônditos e profundos. É, muito mais, amor do encontro, amor do tocar, do se dar ao outro, sem reservas, na (re)descoberta incessante de si pelo toque do amado. Amor de entrega do que temos de mais belo e precioso. Não uma entrega que se afoga nos emaranhados da paixão, subjugando-se, perdendo-se de si mesmo, das de realização do ser, no momento sublime de se fundir ao outro na intimidade dos momentos, ao sabor desse amar bravio que nos desestabiliza e nos impele à vida.
Todo o livro ressalta a sensibilidade e a competência de Regina em levar-nos a vislumbrar mais essa faceta do Amor”.
Ou, em resumo, também podemos usar um verso do próprio livro, que revela como Regina se dá à poesia, quando ela diz “Como nuvem, dispo-me ao vento…”.
Para contato com a autora, siga-a no Instagram @_regina_machado_
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