Mas, afinal, o que é Yoga e quantos tipos da prática existem?
O termo Yoga tem origem no sânscrito, a partir da raiz “yuj”, com significado de “união”. Ainda que seja utilizada normalmente como referência a exercícios, originalmente, a palavra tem pouca conexão com essa ideia, o que leva as pessoas a perderem a conexão com o que de fato significa o conceito e a quantos tipos ele se refere.
A conceituação atual sobre Yoga é bastante ampla, e pode se referir tanto às práticas de posturas e de exercícios físicos quanto a formas diversas de meditação. Há ainda a ideia de que o Yoga leva à saúde, ao bem-estar, à do estresse e ao autoconhecimento, o que muitas vezes induz as pessoas a pensarem em processos terapêuticos.
Fato é que a definição precisa de Yoga não é tão simples, uma vez que o termo em si não é preciso. De fato, as diferentes modalidades existentes se referente a atividades distintas, que envolve o corpo e a mente.
Modalidades
Assim, por exemplo, temos a Hatha Yoga, que está associada à prática de posturas e de exercícios de respiração. Já a Raja Yog relacionado com a meditação e o controle mental, enquanto a Bhakti Yoga conecta-se à devoção, aos rituais, ao canto e a oração. Karma Yoga, por sua vez é uma prática associada à atitude na forma de agir e aos valores humanos e a Dhyana Yoga volta-se para a meditação e para as visualizações e contemplações. A partir da Jnana Yoga faz-se o estudo das escrituras. O equilíbrio energético através da prática de mantras em meditação é buscado por meio do Kriya Yoga, ao passo que a Kundalini Yoga destina-se à desobstrução do fluxo energético no corpo.
Mas, existem ainda muitas outras práticas, uma vez que cada uma delas pode se dividir em outros conjuntos. Por exemplo, o haṭha yoga é uma referência genérica à prática de posturas e se divide em vários ramos, que estão associados a determinadas linhagens. Portanto, um professor pode ser dedicar ao haṭha clássico, enquanto outro pode trabalhar com aṣṭanga, com vinyāsa ou com iyengar.
A professora de Kundalini Yoga Márcia Menegale aponta a existência de 22 modalidades da prática, que são: Anabhava Yoga, Asthanga Yoga, Bhakti Yoga, Dhyana Yoga, Guru Yoga, Gyan Yoga, Hatha Yoga, Japa Yoga, Karma Yoga, Kriya Yoga, Kundalini Yoga, Laya Yoga, Mantra Yoga, Nada Yoga, Siddha Yoga, Sâmkhya Yoga, Raja Yoga, Sahej Yoga, Shakti Yoga, Tantra Yoga, Traatik Yoga, Yantra Yoga.
Complexidade
O grande número de classificações surgiu da tentativa de apresentar estilos de vida para quem se interessa pelo autoconhecimento. Entretanto, como a utilização da palavra Yoga já é vaga, os desdobramentos que ela oferece aumentam a complexidade e cria a impressão de que temos um existe uma lista de atividades que a pessoa pode usar para escolher a que mais lhe apraz.
Contudo, analisando as opções existentes, é possível resumir em cindo grupos de atividades. O primeiro está relacionado às práticas de posturas, enquanto o segundo diz respeito às práticas devocionais. Há o grupo das práticas de meditação, o das atitudes na ação e, por fim, o do estudo das escrituras.
As práticas energéticas, portanto, podem ser classificadas somente como a combinação de posturas e de exercícios de meditação.
Estilo de vida
A tradição védica entende os grupos de atividades como parte do estilo de vida de cada pessoa em busca do autoconhecimento. Estes seriam interdependentes, não sendo possível pensar nas atividades separadamente.
A devoção relaciona-se com o conhecimento. Portanto, não é possível separar as práticas devocionais do estudo das escrituras, necessários à obtenção do conhecimento. O estudo, entretanto, não pode avançar de maneira adequada se não houver a preparação da mente, o que meditação proporciona. Entretanto, a meditação não substitui a forma como agimos diante das situações, o que exige que concentremos também em nossas atitudes. Ao mesmo tempo, para realizar uma meditação eficaz é preciso buscar uma postura adequada.
Portanto, é a todo esse conjunto que, afinal a Yoga se refere.
