Cidadania

Falhas no Carnaval da região pedem atenção especial da Belotur

Após três anos de espera, motivos para elogiar o Carnaval da região não faltam. Além de oito blocos de rua que, nos bairros, agradaram os mais variados tipos de foliões, houve o Bloco Caricato Aflitos do Anchieta resgatando a tradição carnavalesca com a bela apresentação na Afonso Pena, que incluiu como atração especial a dançarina japonesa Michiru Sadame  que ajudou a agremiação a dar um belo espetáculo na Afonso Pena.

Houve também a homenagem da Escola de Samba Imperavi de Ouros a Luiz Carlos Novais, o morador do Anchieta que é um dos nomes mais emblemáticos da folia belo-horizontina. Porém, há questões problemáticas que precisam ser revistas.

Mas houve falhas

Na opinião do presidente da Amoran, Carlos Alberto Rocha, foram dias de muita alegria, sem relatos de importantes acontecimentos negativos. “Onde foi necessária a intervenção na área de segurança, a Polícia Militar agiu prontamente, resolvendo as questões. Entretanto, ainda que o planejamento por parte da Belotur tenha permitido o bom resultado, há pontos fundamentais que exigem atenção”, observa.

Carlos Alberto destaca quatro pontos principais que precisam ser revistos já no Carnaval 2024. “A  começar pelo número insuficiente de banheiros químicos, ou mesmo pela a inexistência deles, como aconteceu no Domingo de Carnaval na Francisco Deslandes, o que fez com que vários locais nos bairros fossem transformados em mictórios a céu aberto. “A organização do trânsito também deixou a desejar, com muitas irregularidades acontecendo. A pouca segurança ostensiva foi outro aspecto que não causou a melhor impressão. Ainda, é preciso avaliar a capacidade da Rua Francisco Deslandes de receber multidões de forma segura. Todos esses são fatores que precisam ser revistos para garantir um Carnaval ainda melhor em 2024”, destaca o presidente.

Inclusão

Considerando que o Carnaval é  uma festa popular, que deve acolher a todas as pessoas, sem exceção, Carlos Alberto entende a importância e incluir a população local como um público que deve ser especialmente valorizado no planejamento da Belotur. “Como os bairros atendidos pela Amoran são predominantemente residenciais, acredito que seja fundamental incluir as famílias como público prioritário do nosso Carnaval local. A festa deve ser de fato inclusiva. Ou seja, além dos jovens, deve prever também a participação segura de idosos e de crianças de todas as idades”, acredita.

Segundo Carlos Alberto, com bastante antecedência do próximo Carnaval, a Amoran convidará os atores responsáveis pela folia para um debate em torno do assunto. “Acreditamos que um diálogo que inclua a comunidade, os blocos, os vários órgãos da Prefeitura, a Policia Militar e o Corpo de Bombeiros pode ser muito valioso para que, em 2024, tenhamos um Carnaval mais seguro, mais limpo e verdadeiramente inclusivo”, conclui.