Cultura

10 dicas do Imdb para assistir na Netflix

O final de semana chegou e você está atrás daquela lista do que assistir na Netflix? Entre 73 sugestõesdos editores do Internet Movie Data Base (Imdb), que é considerado o maior banco de dados sobre televisão, cinema, música e games que há na internet, nós selecionamos as 10 primeiras que estão disponíveis na provedora de streaming.

Todas são produções originais Netflix. Para melhorar a classificação, tomamos a liberdade de alterar a ordem de preferência da equipe do Imdb e optamos por classificar os títulos em ordem decrescente das notas atribuídas a cada atração.

Então, vamos lá!

O Gambito da Rainha (2020 – 8,8)

Ganhadora do Globo de Ouro, essa série em sete capítulos — com duração entre 46 e 68 minutos cada — conta a trajetória da prodigiosa Beth Harmon, uma garota que, em um orfanato nos Estados Unidos dos anos 1950, inicia uma improvável carreira bem sucedida no xadrez, que compartilha com o vício em tranquilizantes e álcool. Baseada no romance homônimo de Walter Tevis, a série recebeu a direção de Scott Frank, de Minority Riport e Logan. Além da história primorosa, o grande destaque fica por conta da jovem atriz Anya Taylor-Joy, que interpreta Beth. Além do Globo de Ouro, aos 24 anos Anya também recebeu o reconhecimento da Critic’s Choice, da Broadcast Film Critics Association, a organização de críticos de cinema dos Estados Unidos.

The Witcher (2019 – 8,2)

Com a segunda temporada já confirmada, The Witcher leva para a TV o bruxo mutante Geralt de Rivia, que vive no mundo fantasioso característico dos jogos de RPG, repleto de monstros e de magia. A série estrelada por Henry Cavill, o Superman atual, é baseada na obra do polonês Andrzej Sapkowski, que também inspirou o premiadíssimo jogo eletrônico  The Witcher III: Wild Hunt. Para o espectador não familiarizado com as aventuras de Geralt, o enredo pode ser um pouco confuso nos primeiros dos oito capítulos — que têm duração entre 47 e 67 minutos cada. Porém, quem gosta de ficção e fantasia deve a insistir. Com a direção de Tomasz Bagiński e Alik Sakharov, a série é consistente, tem produção de alto nível e conta uma história que prende a atenção.

The Big Mouth (2017 – 8,0)

Nos 43 episódios — duração entre 25 e 28 minutos — das quatro temporadas dessa série de animação para adultos, os adolescentes Nick Birch e Andew Glouberman vivem o tempo dos “melhores amigos” e dos conflitos da puberdade. O roteiro é baseado nas experiências de Nick Kroll e Andrew Goldberg que, junto com Mark Levin e Jennifer Flackett, criaram o desenho. De fato, mesmo às custas de momentos de dúvidas e sofrimentos que os garotos vivem na adolescência, rende boas risadas.

O próximo convidado dispensa apresentação com David Letterman (2018 – 7,9)

O veterano apresentador David Letterman, que, com o talk show Late Night iniciado nos anos 1980 inspirou programas similares no mundo todo, inclusive no Brasil — que não se lembra do Programa do Jô? —, vai muito além de requentar o formato. Afinal, como o título sugere, ao longo das três temporadas ele já entrevistou Barack Obama, Lewis Hamilton, George Clooney e outras celebridades que, de fato, dispensam apresentação. Contudo, pelo menos para o público médio brasileiro, talvez a apresentação de alguns dos convidados não seja assim tão dispensável, o que torna algumas entrevistas não tão interessantes quanto outras. Mas, no geral, compensa.

Virgin River (2019 – 7,5)

Com duração entre 40 e 45 minutos, os 30 episódios das duas temporadas de Virgin River trabalham o drama da enfermeira Melinda Monroe, interpretada por Alexandra Breckenridge, que, descobre que a nova vida na pequena Virgin River não será tão fácil quanto ela imaginava. Baseada na série de três livros de Robyn Carr, a história de Melinda não agradou plenamente a crítica e os espectadores mais exigentes. Mesmo assim, a série foi renovada para uma terceira temporada. A trama pode ser considerada agradável para esses tempos difíceis que estamos vivendo.

Bridgerton (2020 – 7,3)

Com a segunda temporada já confirmada, a série tem oito episódios já disponíveis, que duram entre 57 e 72 minutos. Com base nos best sellers de mesmo nome da autora americana Julia Quinn, conta a história da família Bridgerton, da alta sociedade londrina, que vive nas primeiras décadas do século 19. Temperada pelo orgulho, traição e ideais elevados que caracterizam outras tramas de época, na opinião da crítica, um dos maiores méritos da produção está justamente em fugir desses padrões em determinados aspectos. Sem dúvida, a presença de Julie Andrews como narradora agrega um valor considerável à série, que deve merecer destaque.

Vidrados (2019 – 7,1)

Um reality show em duas temporadas, com um total de 20 episódios com cerca de meia hora de duração cada. Por temporada, 10 competidores devem preparar uma escultura de vidro. O ganhador fatura US$ 60 mil.

Ak vs Ak (2020 – 7,0)

Finalmente, um filme. Nesta comédia de humor negro Indiana dirigida por Vikramaditya Motwane os atores representam versões fictícias deles mesmos, criando uma narrativa interessante de um filme também fictício que desenrola dentro do filme real. Representado pelo ator Anil Kapoor da realidade,  Anil Kapoor, um dos personagens do título, é um ator  que tem a filha fictícia sequestrada pelo outro AK, o diretor Anurag Kashyap, interpretado pelo ator Anurag Kashyap. Misturando uma vingança pessoal com a produção de um filme, o Kashyap da ficção inicia uma live que acompanha os movimentos de Kapoor na busca pela filha, levando o público ao delírio. Pra quem gosta de cinema, vale a pena em vários sentidos. Tem 1h e 48min de duração.

Mank (2020, 7,0)

Outro filme para quem gosta de cinema. Dirigido por David Fincher, de Seven, Clube da Luta e O Curioso Caso de Benjamim Button, e roteirizado pelo pai dele, Jack Fincher, o filme gira em torno da produção de Cidadão Kane, um dos maiores clássicos da história do cinema. Na trama biográfica, Gary Oldman interpreta Herman J. Mankiewicz, o roteirista de Cidadão Kane. O filme é em preto e branco, fazendo referência à chamada Era de Ouro de Hollywood, que de se desenrolou entre 1938 e 1939. A crítica não foi muito generosa com o trabalho de Fincher, considerando o filme pretensioso e sem clímax. Houve até quem dissesse que a história nas mãos de um diretor ganhador do Oscar teria rendido muito mais. Porém, mesmo sem o brilhantismo que poderia ter, o filme que merece ser assistido. 2h e 12 min.

A História do Palavrão (2021, 6,5)

Em termos de conteúdo, esse documentário apresentado por Nicolas Cage tem um título que não deixa dúvidas. Em seis episódios que duram em torno de 20 minutos cada, Cage coloca todo o talento que tem para interpretar personagens excêntricos a serviço de contar as origens, o uso e o impacto cultural dos palavrões. A curta duração dos episódios e a linguagem do documentário o aproxima da dinâmica da internet, consagrada no YouTube. Vale como curiosidade, mas está longe de ser indispensável.