Cidadania

Novas medidas de flexibilização do comércio em BH foram anunciadas por Kalil na manhã desta quinta (6 de maio)

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira, 6, o prefeito Alexandre Kalil anunciou novas medidas relacionadas à estratégia de combate à pandemia em Belo Horizonte. Em linhas gerais, o prefeito comunicou que, a partir do próximo sábado, 8, a flexibilização das atividades na capital será aumentada.

Nesse sentido, os bares e restaurantes poderão funcionar de segunda a sábado de 11h às as 19h e feiras serão reabertas. Os clubes também poderão funcionar normalmente. Haverá também a normalização do funcionamento de padarias, supermercados, lojas de material de construção e de outros estabelecimentos considerados essenciais, inclusive aos domingos, com horário permitido até as 22h.

Alerta para o Dia das Mães

Segundo informações do secretário de Planejamento da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), André Reis, a média de idade das pessoas que estão internadas por Covid-19 na capital é de 42 anos. O secretário entende que isso significa que o número de jovens acometidos pela doença em BH vem aumentando significativamente.

Baseado nesta situação, Kalil alertou os jovens a respeito dos riscos que correm e citou a morte do ator Paulo Gustavo, ocorrida na última terça-feira, 4, como um exemplo de que a Covid-19 está afetando também a faixa etária mais baixa e fez um alerta para o Dia das Mães. “Sobre festas, viagens, praia, irresponsabilidade e negacionismo eu me nego a falar, porque não vou jogar perolas a porcos. Mas, muitos de vocês, principalmente os mais jovens, vão se encontrar com as mães. Ou não. A morte do ator Paulo Gustavo é simplesmente uma morte como tantas outras, de um rapaz que não passará o Dia das Mães com a mãe dele”, ressaltou o prefeito.

Em vez de visitarem as mães no próximo domingo, Kalil apelou para a criatividade dos filhos para que façam lives ou usem a imaginação para substituírem o encontro presencial por outra forma de comemoração.

Pode voltar a fechar

Segundo Kalil, apesar de os dados da pandemia ainda estarem altos em BH, a queda acentuada dos indicadores levou o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 na capital a sinalizar sobre a possibilidade de aumentar a flexibilização. “Nós estamos aí, nas vésperas do Dia das Mães e hoje podemos dizer que o planejamento feito por esse comitê e essa prefeitura foi feito para que o comércio aproveitasse a segunda data mais importante do comércio, bares, restaurantes de BH”, disse o prefeito.

Entretanto, Kalil destacou que, da mesma forma que a cidade está sendo reaberta, poderá ser fechada novamente.  “Se abrimos, podemos fechar. Não vamos tomar gol aos 45 minutos do segundo tempo”, avisou o prefeito.

Com relação às manifestações do presidente Bolsonaro sobre a possibilidade de interferir na autonomia dos municípios no controle das atividades locais, Kalil disse que esse é um assunto para ser tratado em Brasília, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para que as medidas adotadas não resultem na elevação dos números da pandemia em Belo Horizonte, Kalil fez um apelo à população, com ênfase para os empresários, para que sejam mantidas as medidas de prevenção à Covid-19.

Outras medidas e vacinação

Segundo o prefeito, a PBH não fechou a cidade simplesmente, uma vez que uma série de medidas foram adotadas no combate à pandemia. Kalil disse que, desde o início do surto de Covid-19, na capital foram distribuídas mais de 3 milhões de cestas básicas, servidas 900 mil toneladas de alimentos nos restaurantes populares e quase 7 milhões de refeições à população em situação de rua. De acordo com o prefeito, foram entregues 600 mil kits de higiene a famílias carentes, com um total de R$ 275 milhões investidos em todas as ações.

Com relação à interrupção na aplicação da segunda dose da vacina em BH, Kalil transferiu a responsabilidade para o Ministério da Saúde (MS). O prefeito disse que, em ocasiões anteriores, mesmo contrariando a orientação do MS, que ordenava a aplicação de todas as doses dos lotes recebidos, a PBH reservou doses para o reforço da imunização, o que não se repetiu no lote que apresentou o problema. “Recebemos um documento oficial recomendando que o lote 7 era pra aplicar todas as doses. Entendemos que era um documento responsável e fizemos isso. O ideal é que o documento fosse responsável. E nós não recebemos um documento oficial responsável”, disse Kalil, justificando a falta das vacinas para a segunda dose.

Entretanto, o prefeito tranquilizou a população. “Acredito que no início da semana que vem voltamos a aplicar a segunda dose. Não há problema de atraso de uma semana”, afirmou.