Cidadania

Educação Especial favorece a integração da pessoa com deficiência à sociedade

O acesso à educação é um direito garantido pela Constituição Federal, que prevê que ela deva ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, como destaca o Artigo 205. Para tanto, então, é indispensável buscar meios para que todas as pessoas, indistintamente, mesmo aquelas portadoras de deficiência, recebam educação de boa qualidade e em conformidade com suas necessidades e características.

Nesse sentido, portanto, existem duas perspectivas educacionais, da educação inclusiva e da educação especial, que se destinam a atender alunos com deficiência. Ainda que sejam complementares, é interessante que sejam diferenciadas.

Educação inclusiva

Como o próprio termo destaca, a educação inclusiva enseja todo um esforço de inclusão do aluno com deficiência nas atividades educativas na escola. Para isso, portanto, são eliminados os obstáculos que limitem o seu aprendizado e a sua participação no processo de ensino.

Por essa perspectiva, uma escola inclusiva reúne os alunos sem deficiência aos alunos deficientes, que têm as suas necessidades observadas e atendidas. Afinal, a ideia é proporcionar condições para que todos sejam incluídos no mesmo ambiente escolar.

Educação especial

A educação especial, por sua vez, se dedica a elaborar estratégicas educacionais totalmente voltadas para os alunos com deficiência. Portanto, além da formação em Pedagogia, é importante que o profissional tenha conhecimento  específico em Educação Especial.

Pela perspectiva do MEC, o atendimento na educação especial deve identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que viabilize a plena participação do aluno deficiente nas atividades como estudante. Sendo assim, as atividades especiais se diferenciam das realizadas na sala de aula convencional, mas não substituem a escolarização.

De fato, o MEC entende que esse tipo de atendimento chega para complementar ou para suplementar a formação do estudante deficiente, visando proporcionar a ele a possível autonomia dentro e fora da escola.

Atividades da educação especial

Nas atividades da educação especial são disponibilizados recursos que buscam proporcionar o enriquecimento curricular do aluno e também o conhecimento de tecnologias e de códigos de comunicação apropriados para ele. A ideia é manter essa complementação de forma articulada com a proposta pedagógica do ensino convencional.

No atendimento educacional especializado há o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação do desenvolvimento do aluno, o que é alcançado por meio de expedientes apropriados.

O ideal é que as atividades da educação especial sejam acessadas desde os primeiros momentos da educação infantil, quando são desenvolvidas as bases que favorecerão aprendizado aluno em sua trajetória escolar. Naquele  momento inicial, os aspectos lúdicos do ensino, a disponibilidade de comunicação diferenciada, o enriquecimento dos estímulos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças contribuem para que haja o desenvolvimento das relações interpessoais, do respeito e da valorização da criança.

Em todas as suas etapas, a educação especial é organizada para apoiar o desenvolvimento dos estudantes. Portanto, também na modalidade de educação de jovens e de adultos, incluindo nesse aspecto a educação profissional, a educação especializada deve ser moldada de maneira  a ampliar as oportunidades de escolarização, de formação profissional, técnica ou superior, para ingresso no mercado de trabalho e, de maneira efetiva, para que o indivíduo encontre boas condições para a sua integração e participação na sociedade.