Economia & Finanças

9 dicas para economizar energia elétrica sem comprometer o conforto ou a produtividade

Os dias mais quentes estão chegando e, com eles, surge também uma preocupação adicional com a economia familiar e das empresas. O uso frequente do ar-condicionado, o abre e fecha da geladeira e o maior número de banhos diários, nas residências, ou o consumo maior de água do bebedouro, nas empresas, entre outros hábitos que se tornam comuns nos meses mais quentes, podem provocar um aumento considerável no consumo de energia. Por isso, é interessante observar algumas dicas, que podem significar uma despesa menor, sem a necessidade de abrir mão dos confortos e da produtividade que a eletricidade nos proporciona.

Confira!

1, Antes de tudo, entenda o seu consumo total

Entendendo como as concessionárias de energia calculam o consumo de uma residência ou de uma empresa fica mais fácil buscar a economia em pequenos detalhes. Então, vamos lembrar o básico.

A começar pela unidade de potência elétrica, Watt (W), que vai dar origem ao quilowatt (kW): 1 kW equivale a 1.000 Watts. Se durante uma hora você ligar um aparelho que apresente no manual a potência de 1.000 W — por exemplo, uma dessas máquinas lavadoras de alta-pressão domésticas —, você terá um consumo de um quilowatt a cada hora, ou um quilowatt-hora (kWh).

Note que kWh é a unidade que as concessionárias utilizam para apurar o consumo, que é registrado pelo medidor.

2. Entenda o consumo de cada aparelho

De fato, o medidor registra o consumo total que um imóvel apresenta. Mas, você pode calcular separadamente o consumo mensal de cada aparelho existente na sua residência ou na sua empresa.

Pra isso, basta usar a fórmula a seguir, que é bastante simples: C = (P x t) ÷ 1.000.

Na qual:

  • C é o consumo em kWh;
  • P é a potência do aparelho em Watt e
  • t é o tempo total em horas de uso do aparelho ao longo de mês.

Com base neste cálculo, você conseguirá descobrir quais são vilões de consumo que precisam ser vigiados ou até trocados.

3. Procure por maior eficiência

A medida mais simples para baixar o consumo de eletricidade é diminuir o tempo de uso do aparelho. Porém, nem sempre isso é possível, como ocorre com geladeiras e freezers, entre outros equipamentos. Nestes casos, a solução é buscar no mercado opções com potência mais baixa, mas que entreguem o mesmo resultado ou, talvez, até um resultado melhor.

Uma lâmpada de LED com 10 W, por exemplo, produz a mesma luminosidade que uma fluorescente compacta com 15 W. Portanto, sem diminuir a luminosidade do ambiente, você consegue baixar o consumo elétrico, bastando substituir a fluorescente por uma de LED

4. Se puder e for necessário, troque os aparelhos

O mesmo raciocínio você pode estender para os aparelhos eletrodomésticos, como geladeiras e freezers. Utilizar um equipamento enquanto ele está funcionando bem, sem custo elevado de manutenção, é um hábito de consumo até saudável. Porém, há situações em que é compensador trocar o aparelho em uso, que consome muita energia, por outro novo, mais moderno, que consome menos energia e produz o mesmo resultado do antigo ou que é até mais eficiente.

No momento da troca, o custo de um aparelho novo pode até ser elevado. Contudo, vale considerar que, com o passar do tempo, o valor que é reduzido na conta de eletricidade se torna suficiente para pagar o investimento feito no equipamento novo e, logo após, fazer com que a economia seja percebida no bolso.

Olhe que vantagem! Você fica com um aparelho mais moderno, mais eficiente e, algum tempo depois, recupera o investimento no valor mais baixo da conta de energia.

5. Atenção para o que diz o Inmetro

Criado em 1991, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) estabeleceu uma série de procedimentos que visam a redução do consumo de eletricidade no Brasil. Entre eles, houve a criação do Selo Procel, cuja expedição ficou a cargo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

 

Após realizar testes que consideram a relação do consumo elétrico dos aparelhos com o resultado que eles proporcionam, o Inmetro atribui a classificação A para aqueles que obtêm maior eficiência em uma mesma categoria. Quanto mais avançada é a letra do alfabeto — B, C, D etc. — menor é a eficiência do aparelho e menor é a vantagem oferecida ao consumidor.

O Selo Procel fixado nos aparelhos apresenta esta informação. Porém, tanto fabricantes quanto revendedores também costumam divulgá-la também pela internet, junto aos demais dados dos produtos.

Portanto, na hora de avaliar os aparelhos elétricos disponíveis no mercado, além de buscar as informações usuais sobre garantia, durabilidade, capacidade de atender à sua necessidade, preço, frete e condições de pagamento, valorize bastante essa informação.

6. Compre o aparelho correto para a sua necessidade

Trocar um aparelho antigo por outro que esteja na classificação A do Procel, por si, não é garantia de economia. Afinal, ainda que tenha melhor posição em uma categoria, é claro que um equipamento novo de maior potência consumirá mais do que o antigo, menos potente. Por outro lado, há também aparelhos novos de categorias superiores que são menos potentes e, ainda assim, mais eficientes do que um antigo inferior.

Por exemplo, é possível que uma geladeira nova, classificação A, com capacidade para 320 litros, seja mais econômica do que outra menor e mais antiga. Portanto, para se decidir pela troca, além da classificação do Procel, é preciso considerar se a potência e a categoria do equipamento — tendo em vista o espaço interno, recursos técnicos, medidas, acabamento, entre outras características — estão de acordo com o uso que será dado a ele.

7. Mantenha as instalações elétricas sempre em ordem

Além de uma medida de segurança, efetuar instalações elétricas adequadas e mantê-las sempre em boas condições de funcionamento também são medidas que podem representar uma economia considerável na conta de energia. É preciso considerar que parte da energia consumida pode ser resultante de perdas que

ocorrem em conexões mal feitas ou desgastadas pelo tempo ou pela utilização de fios com bitolas inadequadas para o tipo de utilização à qual se destina.

Por isso, é essencial que as instalações elétricas sejam projetadas, executadas e mantidas por profissionais que tenham capacitação técnica comprovada.

8. Energia solar

Quando for financeiramente viável e o consumo do imóvel for suficiente para justificar a instalação, a geração fotovoltaica — que é a eletricidade produzida a partir da luz solar — também pode ser uma ótima saída para quem deseja economizar. É claro que essa alternativa exige uma análise técnica, que deve ser feita por empresa ou por profissional idôneo e que apresente boas referências no mercado. Mas, merece ser considerada.

Vale destacar que há uma demora de alguns anos para que o valor investido seja compensado pela economia. De acordo com projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2017, este retorno — chamado “payback”, que é quando o a instalação se paga pela economia alcançada — para instalações atendidas pela Cemig seria de 5,2 anos para as residenciais e 4,3 anos para as comerciais.

Uma opção à instalação de geradores próprios pode vir da adesão ao sistema de cooperativa de energia solar, que vem sendo amplamente ofertado no Brasil. Entretanto, para esse tipo de solução é necessário que o consumo esteja de acordo com um mínimo estabelecido pela cooperativa, o que será informado no momento da análise da conta de energia.

9. Busque mais informações

Além dos sites que serviram de base para as dicas que apresentamos aqui, existem vários outros que oferecem muitas informações úteis para quem deseja economizar na conta de energia, fazendo isso sem perder o conforto ou a produtividade que a eletricidade garante. Em especial, vale a pena consultar Cartilha da Economia de Energia (clique aqui) da Cemig, que apresenta 75 dicas sobre o assunto.