Cuidados bucais devem começar antes dos primeiros dentinhos do bebê surgirem
Quando a dentição do bebê começa a apontar, junto ao espetáculo de fofura, surge um impasse. Por um lado, há a necessidade de se iniciar a higienização da boca logo nos primeiros meses. Por outro, a criança atravessa um período de muitos incômodos. Então, qual é a melhor forma de agir?
Sensibilidade
Em geral, tudo começa entre o sexto e o nono mês de vida do bebê, com um discreto inchaço no centro da superfície da gengiva inferior, onde os dois primeiros dentinhos costumam nascer. No princípio, o local fica sensível e apresenta uma coceirinha. Porém, a sensação se intensifica e passa a afligir a criança.
A esse incômodo serão reunidas a possibilidade de febre e a baba abundante, que, se não for cuidada, poderá causar irritação na pele ao redor da boca. Com isso, é normal que o bebê fique irritado e tenha dificuldades para se alimentar e para dormir.
Como se não bastassem todos esses suplícios, há mães que resolvem iniciar a higienização da boquinha justamente nessa época, piorando a situação.
Antecipar é melhor
A fim de evitar o incômodo adicional na fase que já é delicada, o ideal é iniciar a higiene bucal antes de os dentes surgirem. Mesmo sem efeito prático considerável, a limpeza das gengivas iniciada bem cedo cria um hábito saudável, que prepara a criança para o procedimento em um momento em que ela ainda não está cheia de incômodos na boca.
Com isso, quando os dentinhos começarem a nascer, o bebê passará a encarar a rotina de higiene com maior naturalidade, sem associá-la tanto à aflição que está sofrendo.
Delicadeza
Nas primeiras higienizações, antes de os dentes apontarem, basta usar um pano macio — uma fralda ou gaze — umedecido em água filtrada, sem pasta de dente. A ideia é simplesmente de massagear levemente a gengiva do bebê, cumprindo a função de acostumá-lo com o contato diário, que deve ser agradável.
Em seguida, quando os dentes nascerem, o pano deve ser substituído por uma escova macia com um pingo de pasta de dente com flúor, em quantidade equivalente ao tamanho de meio grão de arroz cru.
Com muita delicadeza, a fim de retirar todos os resíduos, a escovação deverá ser feita nas paredes internas e externas dos dentes e também na linguinha do bebê. Como a quantidade de pasta será muito pequena, não haverá a necessidade de enxague.
Assim que a criança aprender a cuspir, convém acostumá-la a enxaguar a boca, preparando-a para tomar este cuidado sozinha, no futuro.
Jamais permita que o bebê adormeça tendo à boca a mamadeira com leite ou com suco de frutas. Em vez disso, antes de ele se deitar, faça a higienização e ofereça a mamadeira com água ou uma chupeta recomendada pelo dentista.
Com o seu carinho na hora da higiene bucal e o cuidado de um profissional, a fofura será garantida, com menos aflição.
