Confira quais comorbidades são consideradas pelo Ministério da Saúde no critério para a aplicação da vacina contra a Covid-19
Ainda que com velocidade aquém daquela que a população gostaria, a vacinação contra a Covid-19 continua avançando no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde (MS), na manhã desta terça-feira, 20, mais de 53,5 milhões de doses haviam sido distribuídas para todo o país, com 33,4 milhões delas já aplicadas. O levantamento Our World in Data, da Universidade de Oxford, indica que 11,66% da população brasileira já receberam pelo menos uma dose da vacina. Pelo levantamento, o país é o 12º colocado no ranking mundial de vacinação, considerando o percentual da população imunizada.
De acordo com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), até a mesma data, 464.745 belo-horizontinos já haviam recebido pelo menos a primeira dose de uma das cerca de 900 mil que foram destinadas à capital no escopo do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, definido pelo MS. Outros 140.5312 moradores de BH também já haviam recebido a segunda dose e completaram o ciclo de imunização.
Programação e grupos prioritários
Conforme ocorre a distribuição das vacinas, o Plano do MS indica que cabe a cada prefeitura definir o andamento da vacinação no âmbito do município. Entretanto, a ordenação das aplicações deve ser direcionada para os grupos prioritários, que totalizam mais de 77 milhões de pessoas no Brasil.
Obedecendo a esse critério, na terça-feira, 20, e na quarta, 21, BH vacinará idosos com 62 anos. Na quinta, 22, e na sexta, 23, será a vez das pessoas com 61 anos.
O horário de atendimento é 7h30 às 16h30 nos postos de saúde e outros postos fixos e de 8h às 16h30 nos postos drive-thru. Clique aqui e confira os locais de vacinação e outras informações sobre a campanha em BH.
Na sequência, o próximo grupo prioritário a ser vacinado será o dos idosos com 60 anos, seguindo então para as pessoas com comorbidades. Não há ainda data definida para as aplicações na capital. Entretanto, se for mantido o ritmo que vem sendo seguido pela PBH, essa etapa deve ser iniciada dentro em breve, o que torna conveniente que a população já se informe sobre os critérios que serão adotados.
O grupo das comorbidades
De forma resumida, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte classifica o grupo das comorbidades como sendo aquele que inclui pessoas que apresentem pelo menos uma das condições a seguir:
- diabetes mellitus;
- hipertensão arterial estágio 3 (pressão arterial maior que 180 por 110);
- hipertensão arterial estágios 1* e 2** com lesão em órgão-alvo, como coração e/ou comorbidades;
*(pressão arterial maior que 130 por 90 e menor que 160 por 100)
** (pressão arterial maior que 160 por 100 e menor que 180 por 110) - hipertensão resistente (pacientes que, mesmo utilizando três ou mais medicamentos anti-hipertensivos, incluindo um diurético, apresentam uma pressão arterial não controlada;
- doença pulmonar obstrutiva crônica;
- insuficiência renal;
- doenças cardiovasculares e cerebrovasculares;
- indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;
- indivíduos imunossuprimidos;
- anemia falciforme;
- obesidade grau 3 (Índice de Massa Corporal ≥40);
- Síndrome de Down.
Entretanto, o Plano do MS, que deve servir de base para que a PBH estabeleça os critérios de autorização para aplicação da vacina, é mais detalhado. Confira no quadro abaixo.

A PBH ainda não divulgou em detalhes os critérios de avaliação das comorbidades no momento da aplicação da vacina. Contudo, a capital deve seguir a tendência de outros municípios, como o do Rio de Janeiro que exigirá a apresentação de atestado médico que comprove a doença ou, na falta, receituários médicos recentes ou exames de comprovação.